quarta-feira, 28 de maio de 2008

Festival de Curtas Independentes


Estarão abertas até o dia 02 de Junho as inscrições para a 1º Mostra Curtas Artes e Comunicação (CUAC). O evento está sendo promovido pelos estudantes da Universidade Federal de Pernambuco e tem como objetivo oferecer um espaço para que produtores compartilhem com o público os seus filmes. O festival acontecerá entre os dias 12 e 13 de Junho às 14h no Centro de Artes e Comunicação (CAC)na UFPE.

A mostra engloba as categorias de Animação, Documentário, Ficção, Experimental e Videoclipe, todos com tema livre. A comissão organizadora visará incluir o máximo de filmes possíveis na programação. Nos dias da exibição os três primeiros colocados, votados por júri popular, receberão uma premiação simbólica. Interessados devem enviar solicitar a ficha de inscrição com o seguinte endereço de e-mail: cabessaumfilmes@gmail.com ou acessar o blog www.cabessaumfilmes.blogspot.com

Inscrições

A inscrição será gratuita, sem nenhum ônus para os participantes;

Os filmes deverão ter no máximo 30 (trinta) minutos, incluindo-se os créditos;

A cópia para exibição deverá estar em formato DVD, de preferência, sem menus de exibição;

Todo o material de divulgação (cartazes, flyers, folders) deverão ser enviados junto com o DVD.

O prazo de inscrição é entre 10 de maio até 02 de junho (data de postagem).


O envio da inscrição indicará a aceitação de todos os termos deste Regulamento.

A ficha de inscrição deverá ser enviada TAMBÉM por e-mail, em caráter de PRÉ-INSCRIÇÃO

Contudo, a inscrição só será efetivada, no ato do recebimento do material de inscrição (descrito no item seguinte);


O material de inscrição deve conter: Ficha de inscrição (preenchida e assinada), DVD, material de divulgação (se houver);


O material de inscrição deverá ser enviado para o seguinte endereço:

cabessaUM filmes – cuac!

R. Antônio Falcão, 775 / 102 – Boa ViagemRecife – PE / BRASIL

CEP: 51020-240

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Diretor israelense aborda em Cannes papel de Israel em massacre

Fonte: Folha Online

O diretor israelense Ari Folman trouxe ao Festival de Cannes uma interessante reflexão em forma de documentário animado sobre o papel de Israel no massacre de palestinos em Sabra e Shatila (Líbano) em 1982.

"Waltz with Bashir", em competição oficial no Festival de Cannes, tem uma inteligente estrutura de documentário com depoimentos em sua maioria reais e coletados pelo diretor, que narra em primeira pessoa sua experiência como soldado na época, após a invasão israelense do Líbano.

Na produção Folman evidencia seus remorsos e os de seus companheiros pelo que descreve como um papel passivo no massacre cometido nos campos de refugiados de Sabra e Shatila, onde pelo menos 800 civis, em sua maioria mulheres e crianças, morreram pelas mãos --unicamente, segundo o filme-- de falangistas cristãos.

Os falangistas buscavam vingança após o assassinato em atentado de seu líder, o presidente eleito Béchir Gemayel.

A teoria defendida por Folman é a oficial mantida por Israel, que culpou pelo massacre os falangistas cristãos e se limitou a responsabilizar Ariel Sharon --então ministro da Defesa-- indiretamente, já que os soldados israelenses, que tinham esses campos sob seu controle, não evitaram a tragédia.

No entanto, Sharon renunciou de seu posto em 1983 e, desde 2001, é investigado pela Justiça belga por crimes contra a humanidade.

No filme, a voz de Sharon aparece e seu papel é o de conhecedor passivo do que ocorria, da mesma forma que o resto dos personagens, que mais de 20 anos depois desses fatos mostram remorso por sua falta de ação e repudiam o massacre.

O que o filme tem de mais original é sua estrutura. Copia os rostos das pessoas reais e as torna personagens, mais perto da história em quadrinhos que dos desenhos animados.

E faz isso como um documentário, misturando imagens falsamente reais com depoimentos de protagonistas da história que narra.

Com uma colocação puramente cinematográfica, o diretor joga com as cores e mal sai do espectro cinzento nas cenas de guerra, para usar, na última seqüência, posterior ao massacre, imagens reais do momento.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Programas fomentam Audiovisual

CINEMA UNIVERSITÁRIO

Foram prorrogadas, até a próxima sexta (16), as inscrições do 13º Festival Brasileiro de Cinema Universitário. Para participar da Mostra Competitiva Nacional, que será entre 31 de julho a 10 de agosto, os curtas realizados por universitários brasileiros devem ter duração máxima de 30 minutos, sendo o diretor e, pelo menos, outras três funções técnicas realizadas por universitários. O júri premiará os curtas que se destacarem em: Retrato da Realidade Nacional, Expressão Cultural, Pesquisa de Linguagem, Expressão Poética, Contribuição Artística e Técnica e Construção Narrativa. Será concedido também o prêmio de Destaque pelo voto do público. Ficha de inscrição e outras informações: www.fbcu.com.br/2008/.

VIOLÊNCIA URBANA

O Tintin Cineclube exibe amanhã (14), seis curtas brasileiros que abordam o tema da violência urbana. Trata-se da primeira sessão do cineclube associado a Programadora Brasil, que disponibiliza filmes e vídeos para pontos de exibição de circuitos não-comerciais no intuito de promover o encontro do público com o cinema brasileiro. A sessão é gratuita e acontece às 19h30 no Cine-Teatro Lima Penante (Av. João Machado, nº 67, Centro, João Pessoa-PB. Programação completa e outras informações: www.abdpb.org.br/.MIX BRASILEstão abertas as inscrições para a 16ª edição do Festival Mix Brasil de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual. Os interessados em exibir suas produções no evento têm até o dia 20 de julho (filmes estrangeiros) ou 31 de agosto (filmes brasileiros) para realizarem inscrição. O Mix Brasil acontece em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, durante o segundo semestre de 2008. Regulamento, inscrição e outras informações: www.mixbrasil.org.br/.MOSTRA CINEGROPara levantar o debate sobre a participação do negro no cinema acontece a partir de hoje (13), até a sexta (16), a Mostra Cinegro, em João Pessoa (PB). Serão exibidos os longas-metragens "O fio da memória", de Eduardo Coutinho, "Tudo é Brasil", de Rogério Sganzerla, e "Samba Riachão", de Jorge Alfredo, além de quatro curtas-metragens que farão parte do Cine Samba. As sessões são gratuitas e acontecem sempre às 12h e 18h30, no mini-auditório SESC Centro (Rua Desembargador Souto Maior, nº 281). Outras informações: www.pb.sesc.com.br/.

AUDIOVISUAL PARA SURDOSA

Página 21 foi uma das vencedoras da seleção pública do Programa de Democratização Cultural com a Oficina Audiovisual para surdos. As oficinas devem ocorrer no segundo semestre deste ano, em Pernambuco, na Escola Estadual Severino Farias e no Centro de Referência e Formação da Criança e Adolescente Surdos (CREFAS), nos municípios pernambucanos de Surubim e Nazaré da Mata, respectivamente. Durante o projeto serão capacitados jovens surdos com idade entre 12 e 20 anos para a realização de vídeos em que todas as etapas da produção serão realizadas por eles mesmos: da confecção do roteiro à edição. Outras informações: (81) 3421.7180.


MIX BRASIL

Estão abertas as inscrições para a 16ª edição do Festival Mix Brasil de Cinema e Vídeo da Diversidade Sexual. Os interessados em exibir suas produções no evento têm até o dia 20 de julho (filmes estrangeiros) ou 31 de agosto (filmes brasileiros) para realizarem inscrição. O Mix Brasil acontece em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, durante o segundo semestre de 2008. Regulamento, inscrição e outras informações: www.mixbrasil.org.br/.

MOSTRA CINEGRO

Para levantar o debate sobre a participação do negro no cinema acontece a partir de hoje (13), até a sexta (16), a Mostra Cinegro, em João Pessoa (PB). Serão exibidos os longas-metragens "O fio da memória", de Eduardo Coutinho, "Tudo é Brasil", de Rogério Sganzerla, e "Samba Riachão", de Jorge Alfredo, além de quatro curtas-metragens que farão parte do Cine Samba. As sessões são gratuitas e acontecem sempre às 12h e 18h30, no mini-auditório SESC Centro (Rua Desembargador Souto Maior, nº 281). Outras informações: www.pb.sesc.com.br/.

AUDIOVISUAL PARA SURDOSA

Página 21 foi uma das vencedoras da seleção pública do Programa de Democratização Cultural com a Oficina Audiovisual para surdos. As oficinas devem ocorrer no segundo semestre deste ano, em Pernambuco, na Escola Estadual Severino Farias e no Centro de Referência e Formação da Criança e Adolescente Surdos (CREFAS), nos municípios pernambucanos de Surubim e Nazaré da Mata, respectivamente. Durante o projeto serão capacitados jovens surdos com idade entre 12 e 20 anos para a realização de vídeos em que todas as etapas da produção serão realizadas por eles mesmos: da confecção do roteiro à edição. Outras informações: (81) 3421.7180.

sábado, 3 de maio de 2008

Documentarista assume que paga por entrevistas e gera polêmica

Errol Morris diz que Standard Operating Procedures não existiria sem os "cachês" dos militares
por Ederli Fortunato


Errol Morris, autor do documentário Standard Operating Procedures, que examina os eventos ocorridos na prisão de Abu Ghraib, no Iraque, reconheceu ter pago alguns dos soldados pelas entrevistas inseridas em seu filme. Segundo Morris, que divulgou a informação em uma entrevista após a exibição do documentário no Tribeca Film Festival, os soldados não teriam concedido as entrevistas sem pagamento.

A regra para a imprensa é não pagar por entrevistas, uma vez que depoimentos pagos perdem credibilidade. Esse procedimento, no entanto, não é padrão na área de documentários. Para alguns, não pagar pelos depoimentos seria abuso por parte dos documentaristas. Afinal, se um documentário gera milhões de dólares para seus produtores e diretores, porque as pessoas que o tornaram possível deveriam ficar sem uma parte do bolo?

Diane Weyermann, vice-presidente da produtora responsável por Standard Operating Procedure e também por Uma Verdade Inconveniente, é uma das defensoras do sistema. Tom Bernard, co-presidente da Sony Pictures Classics, distribuidora do filme, também argumenta que hoje em dia as pessoas têm maior consciência da lucratividade de um documentário e, portanto, se recusam a conceder entrevistas sem serem pagas por seu tempo e informações. Já Tom Rosenstiel, diretor do Project for Excellence in Journalism, uma organização não lucrativa que analisa os procedimentos da mídia, defende a posição de que o pagamento leva as pessoas a tornarem os fatos mais dramáticos do que realmente são.

Um dos problemas é que o documentário sobre Abu Ghraib gerou um livro, que deverá ser publicado em 15 de maio pela editora Penguin, escrito por Morris e Philip Gourevitch. Assim, os dados mostrados no filme serão, em breve, um documento escrito, o que o torna alvo de mais críticas. A revista The New Yorker, onde Gourevitch trabalha, não permite que seus jornalistas paguem por entrevistas, mas o autor disse não ter visto problemas no fato de alguns soldadores terem um acordo com Morris.

Esta é a segunda vez que Morris enfrenta problemas envolvendo pagamento pela participação em um de seus documentários. Em 1988 ele foi processado por Randal Adams, objeto de seu documentário The Thin Blue Line. Adams estava no corredor da morte acusado de ter assassinado um policial e foi libertado depois que o documentário levantou dúvidas quanto à investigação e o processo. Após sua saída da prisão, Adams alegou que não havia cedido os direitos de sua história. O assunto foi resolvido, como tantos em Hollywood, com um acordo.

Questionado, Morris disse não ter sentido necessidade de avisar, no filme, que pagou pelas entrevistas - e argumentou que não informou no final de Uma Breve História do Tempo que o cientista Stephen Hawking foi pago para aparecer no filme. Morris - um dos mais importantes nomes do meio documentarista, autor de Sob a Névoa da Guerra - também informou que sem estas entrevistas pagas de Standard Operating Procedure ninguém conheceria as histórias destes militares.

Já em outro documentário sobre o tema dos abusos no Iraque, Os Fantasmas de Abu Ghraib, de Rory Kennedy, os créditos finais avisam que alguns participantes foram pagos. A HBO, responsável pelo filme, informou que não sabe quais participantes receberam ou não e quais foram os valores pagos. Alguns documentários brasileiros, como À Margem da Imagem, não apenas assumem a prática como a evidenciam no próprio filme.